segunda-feira, 13 de outubro de 2008

MÚSICA NAS ESCOLAS

A Lei n.˚ 11.769 deste ano sancionada pelo Presidente Lula, trata da inclusão da música na grade curricular das escolas públicas e particulares, se tornará então uma disciplina obrigatória, nos níveis Fundamental e Médio. O ministério instituiu que além das noções básicas, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestras os alunos aprendam canções, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para assim conhecer a diversidade cultural do Brasil.
Já falamos das vantagens que a música trás para o ser humano, principalmente na formação das nossas crianças. Porém como será feito isso? A lei não prevê formação de professor específico para mais essa disciplina. Poderá ocorrer de ser tratada como a disciplina de educação artística, que em muitas escolas é o professor que está sobrando que vai dar. Assim os alunos não terão uma formação musical, aprenderão a cantar músicas temáticas para as mais variadas datas, e isso não é ensino de música. Música tem teoria e prática, deve ser ministrada por professor formado em música. Devemos, porém comemorar o avanço. Se as escolas vão poder cumprir a lei isto é outra história.

EU GOSTO DE OUVIR MÚSICA MAMÃE

No caderno de Zero Hora MEU FILHO, do dia 22 de setembro de 2008 saiu uma reportagem muito interessante, feita pela jornalista Melissa Hoffmann e vem corroborar com o que estamos pesquisando sobre a importância da música na nossa vida. A matéria começa com uma afirmação “Ouvir canções desde cedo colabora para o desenvolvimento de crianças e adolescentes”.
Ela trás o título de “Eu gosto é de ouvir Música Mamãe”
Na aula do projeto Música para Bebês da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A técnica diz a reportagem ajuda crianças a ficarem mais sensíveis, a conviver em grupo, e, no futuro desempenhar melhor as atividades matemáticas. Além, de promover a melhora na fala, da linguagem e de funções intelectuais cerebrais específicas. A técnica também trás benefícios para os adolescentes, para eles são inseridas canções do dia –a- dia ajudando-os a enfrentar mudanças fisiológicas e emocionais. Segundo a pediatra e neonatologista Desirée Volkmer“ O adolescente passa por uma grande oscilação emocional. Os sons vão ajudá-lo a encontrar sua identidade e estimulara socialização. Ele começa a se conhecer melhor”.
Já a educadora musical, a professora da Universidade de São Paulo ( USP), e autora do livro Música na Educação infantil, Teca Alencar de Brito, defende a idéia de que não há idade se divertir e aprender com os sons. “Hoje, fala-se que é importante começar o processo de educação musical com bebês e crianças, pois eles estão sensíveis e receptivos. Mas é igualmente importante que seja desempenhado um trabalho qualitativo, que explore as condições de escutas, produção de gestos e de jogos criativos com sons”, afirma Teca.
O projeto Música para Bebês é o resultado de tese de doutorado em psicologia da Música defendida na Alemanha por Esther Beyer, vice-diretora do Instituto de Artes da UFRGS. Afirma Esther: “A musicalização, além de ajudar na formação dos sistemas motor, neurológico, lingüístico, e afetivo, estabelece um vínculo maior entre pais e filhos.

PARA TODAS AS IDADES.
A Música proporciona benefícios em qualquer faixa etária.

*A partir do primeiro ano: A música auxilia na coordenação dos movimentos. A criança bate palmas, dança e tenta tirar sons dos objetos. Em alguns casos, nota-se que o pequeno aprende a falar palavras novas e até engatinhar mais cedo.

*A partir dos seis anos: A criança sente vontade de ter ou tocar o próprio instrumento. Além de estimular a convivência, a musicalização trabalha audição, a visão e o tato. O pequeno também aprende a falar mais rápido sem timidez.

*A partir dos 11 anos: A vontade de formar bandas e compor canções são experiências que a música oferece ao adolescente no momento em que ele enfrenta mudanças fisiológicas e emocionais (na voz, no corpo, na auto-estima, nas relações pessoais, na escola). Cantar ou tocar um instrumento estimula a percepção para aceitar limites e enfrentar novas situações, tanto de forma individual quanto em grupo.
Fonte: Jornal Zero Hora, Caderno Meu filho – Jornalista Melissa Hoffmann.