sexta-feira, 18 de maio de 2007

CONSIDERAÇÕES EM TORNO DO ATO DE ESTUDAR.

Com o texto de Paulo Freire Considerações em torno do ato de estudar , o autor na sua genialidade, tanto nas suas considerações, como na sua forma didática de ensinar que, para podermos entender o que lemos, devemos estar despidos de alguns aspectos fundamentais, humildade e espírito crítico, e , estar aberto para a interação com o autor do livro ou texto, e mais, ler mecanicamente ou simplesmente decorar não significa que estamos estudando um texto, pois, podemos ler, reproduzir, sem mesmo entender o que o autor quis dizer ou a idéia central dos seus escritos. Não é tão comum termos estudado com colegas que pareciam geniais, que só tiravam notas altas em todas as disciplinas, mas que não se sustentavam em uma discussão por mais simples que fosse. Alguns professores infelizmente ainda reproduzem o velho sistema de apresentar textos em sala de aula, e depois cobrarem frases prontas, simples cópias do que foi lido, e por elas fazerem suas avaliações. Claro que o ato de estudar deve ter regras, disciplina, onde muita vezes as leituras nos parecem massante e enfadonha, mas como diz Paulo Freire, “não para a indispensável criticidade”.

CADÊ A CERTEZA QUE ESTAVA AQUI?

O texto “Cadê a certeza que estava aqui?” da Prof. Cleci Maraschin, nos reporta as velhas questões discutidas em salas de professores. Os problemas aventados como desmotivador do professor existem, eles estão aí, são latentes. Quem de nós tem estrutura para superar nossos problemas pessoais, ou seja quando chegar na sala de aula tirar o capote, do cansaço, da falta de dinheiro, do desencantamento, ou mesmo da bagagem psíquica que norteou nossa infância, nossa adolescência, deixar tudo isso na porta , e assumirmos o papel de professor ideal? Tenho claro que com o advento da tecnologia, as aulas se tornaram monótonas, chatas sim. Tenho questionado meus colegas, e sempre pergunto: Como era a educação no passado? Melhor? Pior? Chegamos à conclusão de que os mestres no passado, não tinham a concorrência da tv, do vídeo game, do MP3, e até mesmo das drogas que estão nos portões das escolas. Desde que a educação chegou em nosso país, o quadro e o giz( a velha lousa?) eram instrumentos únicos na educação, e hoje continuam sendo, e a dura realidade é que: em muitas escolas nem giz têm, o velho mimeógrafo? um luxo. Aí o Professor segue na sua mágica de fazer educação, não o professor da teoria, mas o da sala de aula.

COMPUTADOR NA ESCOLA UM BRINQUEDO A MAIS?

O texto de Bruno Vitale, Computador na escola: um brinquedo a mais?, nos leva a refletir sobre uma encruzilhada que vivemos atualmente na Educação. Por mais que somos resistentes às novas tecnologias elas estão aí, presentes no nosso cotidiano, no dia à dia dos nossos alunos e, eles convivem diariamente com elas, televisão, vídeo-game, celular, caixas eletrônicos, caixas de super – mercado, ou seja nossa vida está informatizada. Já não admitimos mais a vida sem informatização, então: Por que não na educação? É urgente essa transformação, escola onde os alunos não possuem acesso a informática, se tornou obsoleta. Não quero com isso retirar o papel importante do professor, nem substituí-lo pela máquina fria , não é isso, seu papel é fundamental, mas aliá-lo a essa ferramenta poderosíssima que é a Informatização, quem sabe aí sanaremos parte das nossas frustrações, de quando nos queixamos que as nossas aulas são enfadonhas e chatas para nossos alunos?