A princípio tenho um problema de atualmente não trabalhar com alfabetização, já se vão alguns anos desde que eu comecei a fazer magistério e não concluí. Porém, através de leituras e da própria experiência como professor, e, ser apaixonado pela Educação Infantil, principalmente pela Alfabetização me atrevo a opinar sobre o tema.
Devo falar, que por observação na minha Escola, a prática vai longe da teoria, os professores não têm a oportunidade de se qualificar, acomodados, com salas superlotadas, com quase sem nenhum recurso, esforçam-se, extenuam-se , enfim alfabetizam.
Claro, após a primeira aula presencial, pude constatar algumas questões que para mim passavam desapercebidas, mas que senti que não era só eu que tinha este sentimento, senti no olhar de muitas que ali estavam , o olhar de perplexidade, como se não acreditassem no que estava sendo feito na oficina, e, com certeza um questionamento deve ter ficado em muitas cabeças: como estou alfabetizando?
A alfabetização, é um processo longo, começando muito antes da criança chegar na escola.
Os professores tem a sua disposição vários métodos do ensino da língua escrita, e, tem que estruturar sua prática para organizar seu trabalho, entendo que, o principio que norteia sua missão é de que a criança vai aprender ler e escrever, lendo e escrevendo, formando a reflexão sobre a escrita, pois ela é um ser pensante, e, é assim que aprende, participando de práticas sociais de leitura e escrita.
O professor que trabalha com métodos prontos, pode enfrentar o problema de excluir crianças dos setores chamados de “marginalizados”, que tiveram pouco contato com a linguagem escrita, é isso ocorre geralmente com filhos de pais analfabetos.
O professor deve respeitar a bagagem cultural da criança, pois ela não chega à escola totalmente ignorante, e se não acontecer isso, o professor pode não entender a s interpretação que a criança têm da escrita, pois a aprendizagem não pode ser padronizada, devem ser respeitadas as diferenças, não se pode ensinar todos da mesma forma.
O professor porém acima de tudo têm que ter claro para que serve a língua e a escrita, e como ela funciona, para poder transformar o conhecimento de acordo com sua necessidade, porém sem perder a sua forma original, sempre dando sentido a tudo o que está fazendo.
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