Como a proposta é falar sobre a dificuldade no trabalho de alfabetização ou da aprendizagem da língua moderna, pretendo abordar a questão fundamental que sempre gera uma série de discussões, Quando a criança está alfabetizada, para o prosseguimento dos estudos?
Não é muito difícil, ouvir em salas de professores referindo-se à determinados alunos como “mal alfabetizados”. Como trabalho com as séries finais do ensino fundamental (5.ª e 6ª séries) venho acompanhando o desenrolar desta questão bem de perto, e, fico perplexo quando ouço esse rótulo de “mal alfabetizado”, pois tenho a convicção de que o processo é contínuo, portanto mesmo que o aluno encontre dificuldades deve-se trabalhar com elas para poder supera-las, aliás todo o professor deveria ser um alfabetizador. Deveria? Não, deve ser, pois só assim teria a real dimensão das dificuldades, mesmo dos alunos que o sistema considera “alfabetizados”, e ter uma outra visão do seu trabalho e, não trabalhar como mero reprodutor dos conteúdos propostos para cada disciplina.
É difícil, a mudança é muito complexa, lenta e encontra muitas resistências dos setores tradicionais, sendo a fragmentação da aprendizagem o maior problema, onde na Escola muitas vezes há uma divisão em CAT e ÁREA, não se entendendo que o processo de aprendizagem dá-se de forma global e , interdependentes.
Não resolve nada ficar apontando culpados pelo fracasso do sistema, deve sim, haver comprometimento com as mudanças propostas, e, elas estão aí bem visíveis, basta querer enxerga-las e delas fazer bom uso.
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